"A morte surda caminha ao meu lado
E não sei em que esquina ela virá" - Raul
Segunda Feira dia 02 de Março de 2015, o dia em que um daqueles motoristas apressados com pouca atenção atravessa na minha frente, pouco pude fazer para evitar. Batida frontal, coisa feia, voei longe, não deu para frear, minha bela 535 destruída, por sorte, apenas meu pé e tornozelo destruídos.
Confusão, motocas querendo espancar o motorista que presenciaram a cagada.
Foram meses de molho, planos e viagens adiados mas um bom momento para reconhecer os verdadeiros aliados, aqueles que perdem seu tempo e sua atenção para acompanhar, visitar, conversar.
Tempo para pensar.
Imagem: http://motorparade.blogspot.com/2012/01/david-mann-dirty-hands.html
Mas o que pega mesmo é a vontade de voltar a rodar, seja na estrada ou seja na cidade. O rock bar a noite, aquele MC que tem uma boa festa, encontrar companheiros que mudaram o rumo na caminhada. Desses foram vários, fanáticos pelo lifestyle, quase todos em outros MC's, hoje não estou mais coletado, devido a diversos fatores da vida pessoal que precisa ser alinhado primeiro, independente, continuei o caminho, a caminhada. Mas não sozinho.
Após o acidente aquela velha história da família: compra um carro, agora vende a moto, não te disse?
Mas a vontade, a saudade bate, o vento na cara? O domingo de manhã pelas curvas das serras, enfrentar chuvas homéricas de capacete aberto, o pneu furado longe de tudo, aquela desregulagem chata do carburador, pequenos retoques na oficina enquanto ouve bandas novas, cerveja, liberdade, pouco dinheiro, gasolina...
Dá pra escrever um livro, cada um com sua experiência.
Quando olhei para minha moto, mancando, sem dinheiro pensei.
Prefiro o lifestyle.
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